Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Attention

«I am the author of my life. Unfortunately, I am writing in pen and can not erase my mistakes.» - Bill Kaulitz

Book Store #390

Pants on Fire

02.02.21 | twilight_pr

Pants on Fire.jpg

Autoria de Lacey Black.

A melhor amiga da minha irmã mais velha tinha já lido este livro e quando o leu gostou imenso e o facto de ter falado dele fez com que eu quisesse também ler. Depois de ter tido uns problemas com formato do próprio livro e porque parecia não entrar lá muito bem no meu ereader, acabei por lá conseguir trabalhar e foi o primeiro livro que li em fevereiro.

Deixo já esclarecido que gostei muito do livro e até acho que foi pequeno demais, se bem que, neste caso, acho que se tivesse sido maior a possibilidade de ter acabado por correr mal ou até maçador poderia ser pior. Desta forma, até que o melhor a fazer foi mesmo trabalhar para tanto em número de páginas como em tempo cronológico.

Cricket é uma apresentadora de televisão que está a ter sucesso em São Francisco. No entanto, ela não se sente totalmente feliz e em especialmente até com aquilo que tem na sua vida. Tem uma boa vida, um bom trabalho e claro que trabalhar em frente às câmaras dáva-lhe mais visibilidade e, ao mesmo tempo, ajudava para conseguir ter mais dinheiro ao fim do mês - o que era ótimo para conseguir sustentar-se sozinha. Contudo, Cricket não era assim tão feliz. 

Dez anos antes, quando Cricket se tinha graduado da faculdade e estava pronta para enveredar no mundo da empregabilidade. Pronta para começar a vida a dois com o seu namorado Danny numa nova cidade e a começar a vida a dois. Era aquele plano perfeito. No entanto, no mesmo dia da graduação a própria é surpreendida com Danny a terminar toda a relação, a roubar-lhe o carro que ela tinha pago a prestações para ir para São Francisco e começar uma nova vida sem ela. Cricket não sabia o que fazer. Estava completamente apavorada para sair de casa sozinha e sem qualquer tipo de apoio. A única pessoa que lhe parecia apoiar era a família e até Rueben - o amigo e colega de quarto de Danny.

Dez anos depois e com a vida estabelecida e com Danny claramente não na sua vida e longe de São Francisco - Cricket decide aceitar o convite de encontro de alunos na sua faculdade antiga e encontrar tantos colegas seu da sua turma de graduação. Nesse momento, Cricket aproveita o seu fim-de-semana e prepara-se para a eventualidade de encontrar o seu ex-namorado e sentir de novo toda a raiva - não de ter sido deixada, coisa que ela tinha até ultrapassado, mas sim o facto de ele ter roubado o carro. 

É exatamente na aterragem na sua terra natal que as coisas mudam completamente. De repente, após dez anos, Cricket reencontra o único amigo que a tinha apoiado quando tudo tinha terminado com Danny. Rueben estava de volta à cidade também ele para o reencontro das turmas e verem o jogo de futebol da faculdade. Desde o aeroporto que os dois sentem a química que outrora não existia. Era a tentativa de trabalhar e de conseguirem mesmo ver algo que nem tinham visto ao longo dos anos em que tinham mantido contacto quando eram alunos.

De repente, aquele fim-de-semana parecia diferente. Parecia que passaria demasiado rápido e especialmente quando encontraram Danny e Cricket e Rueben decidiram meter-se na alhada de afirmarem que eram um casal. A partir daquele momento aquela atração que sentiam um pelo outro começou a escalar e de repente os dois claramente já não estavam a fingir nenhuma relação, especialmente quando Cricket meteu mais dias de férias para poder ainda ver a casa de Rueben no Tennessee e reencontrar-se com a família de ambos, que já se tinham conhecido quando eram mais novos.

Acho que o facto de já terem uma história juntos acaba por criar uma boa empatia para conseguirem trabalhar e especialmente para que as coisas não parecessem tão rápidas. Acho que eles foram mesmo uma boa relação antes de se reencontrarem e depois ao voltarem a ver-se  a coisa foi melhor porque eles sentiam que conseguiam falar ainda mais um com o outro e que podiam mesmo confiar e apoiar-se um no outro.

Gostei especialmente do final e de como eles acabaram por ficar juntos. Acho que a coisa foi mesmo giro e especialmente porque o trabalho estava imposto. Sinto que um dos pontos principais foi a imposição de que é o medo está muito presente quando o trabalho é confortável e que conseguimos realmente um trabalho confortável e sabemos que existe a estabilidade. A mudança torna-se ainda pior nesse contexto porque existe o medo daquilo que não se sabe, por mais tentador que seja aquilo que aí vem. Acho que o final demonstrou que possivelmente essas mudanças poderão realmente ser aquilo que precisamos para sermos felizes.

(Imagem retirada do goodreads)

Pág. 11/11