What I Saw #218
"Homestay" (2018)
Título: Homestay (2018) | Duração: 145 minutos | Género: Fantasia | Idioma: Tailandês | Protagonistas: Min
Uma coisa boa deste filme é que traz um bocadinho de fantasia, mas nada assim de muito estranho. A premissa é forte e acho que só por isso acaba por ganhar logo um público ativo. De um momento para o outro vemos um homem misterioso que é convencido o suficiente para se chamar a si próprio de Guardião e que afirma ao nosso protagonista que ele recebeu uma oportunidade de estar alma, digamos assim, poder viver num novo hóspede. O corpo do adolescente Min podia ser utilizado, ele estava na morgue daquele mesmo hospital em que estavam a falar, mas havia condições. Como era afirmado: "It's temporary and not for free". Esta nossa alma tinha 100 dias para conseguir descobrir o responsável pela morte do adolescente e se falhasse esta nossa alma iria realmente morrer e não havia oportunidades de ter um novo corpo, porque era como se deixasse de existir.
Esta premissa só por mim pareceu-me boa, gostei da forma como as coisas começaram e para dizer já os efeitos especiais porque verdade seja dita sinto que são muitos os filmes, em especial Tailandeses, que acabam por deixar um bocado de lado a parte dos efeitos especiais e depois fica uma coisa estranha. Aqui, por acaso, acho que ficou mesmo bem. Esta nossa alma, apesar de nunca ter conseguido ficar num corpo muito tempo e em especialmente nunca se ter interessado pela vida de um dos humanos, acaba por gostar bastante do corpo de Min não só por ele próprio mas por conta da família e dos amigos. Desta forma, esta nossa alma vê-se realmente preocupada a arranjar forma de descobrir quem foi responsável pela morte do Min de forma a que ele consiga ter a sua vida.
Acho que me prendeu de imediato pelas pequenas coisas, além do plot inicial. Acho que o facto de vermos como a família dele parece ser uma família normal, mas que começa aos poucos a mostrar as suas fendas acaba por dizer muito. Acho que o irmão é uma personagem totalmente diferente daquela que estávamos à espera para ser sincera, porque achei que ele iria ser um parvo até ao final do filme e um bocado típico daquilo que é o standard de uma relação entre o irmão mais velho para com o mais novo.
Uma das coisas que também gostei mais foi o facto de ver que independentemente da figura que esteja a habituar naquele corpo, há coisas que são inevitáveis. Acho interessante falarmos aqui de destino porque eu acho que foi isso mesmo que aconteceu - de um momento para o outro temos aqui conteúdo que nos leva a querer que independentemente do caminho que acabemos por dar vamos sempre levar ao mesmo final - porque está traçado que assim será.
Já conhecia o ator principal, neste caso o Min - uma vez que ele é o mesmo ator que faz de Boo em Skate Our Souls (2017) assim como já conhecia o irmão dele, o Men, por conta de ele ser o Tor em Friend Zone (2018-2020). Portanto, é daquelas coisas boas de já conhecer ao menos alguns atores e que nos dá algum conforto em reparar neles e ver diferentes tipos de trabalho.
Deixo-vos o trailer: