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«I am the author of my life. Unfortunately, I am writing in pen and can not erase my mistakes.» - Bill Kaulitz

Book Store #309

23.01.18 | twilight_pr

Quando a Neve Cai

Quando a Neve Cai.jpg

Autoria de John Green, Maureen Johnson e Lauren Myracle.

Debati-me com este livro durante a parte da manhã de domingo, especialmente porque não me conseguia realmente encaixar o livro. Mas assim que entrei no mood li-o todo naquela mesma noite. Acontece que o livro compõe três histórias de vários personagens que se ligam entre si de uma forma muito bem estruturada e muito bem feita. 

As histórias contam a vida de vários adolescentes durante a época natalícia.

A primeira história conta-nos a vida de uma rapariga Jubilee que acaba presa num comboio na véspera de natal pronta para ir para ir para a Florida passar o natal com os avós por causa dos seus pais. Jubilee tem uma vida perfeita, pais fantásticos e ainda um namorado que melhor não poderia ser, mas naquela noite parecia que tudo estava mal. Tinha ficado presa num comboio frio ao pé de lideres da claque e de um rapaz totalmente desesperado para conseguir voltar para a namorada, o seu namorado não atendia o telemóvel e ainda não conseguia contactar ninguém à sua volta. Temos Steve um rapaz que a encontra numa das lojas quando se entende que o comboio não vai sair e acaba por lhe dar resguardo na casa dele, onde ele vive com a sua mãe e com a irmã mais nova de cinco anos.

A história deles os dois é mimosa e querida, não é assim apressada, mas aposto que se fosse realmente mais calma e que tivesse literalmente apenas um livro para tudo o que poderia ter sido abordado, a história teria sido muito melhor, especialmente com pontos tão bons por onde pegar como a história de amor do Steve com a sua ex-namorada a Chloe, a história de amor entre o Noah e a Jubilee e claro ambas as famílias a forma como era a vida de cada um antes e de como tudo aconteceu. Compreende-se e a história está muito bem estruturada para uma história pequena, mas ela teria tudo para ser um livro independente e muito melhor.

A segunda história conta a vida de três amigos que programam passar o tempo a ver filmes do James Bond e comer porcarias, especialmente porque os pais do narrador estão fora e não conseguem voltar a tempo de passar o natal com o próprio filho. Aquilo que prometia ser uma noite normal e sem complicações, torna-se uma grande aventura quando o trio recebe uma mensagem do amigo a convidá-los para uma grande festa que está a haver na sua loja onde apareceram uma grande grupo de raparigas da claque e que estavam a fazer tempo até que o comboio delas estivesse arranjado para poderem continuar com a viajem (já entenderam a parte que começa a ligar esta história à primeira?) continuando, os três acabam mesmo por sair. Os dois amigos, mais o JP do que o próprio narrador, querem realmente estar com as raparigas, mas o terceiro elemento, Drake, queria exclusivamente comer o que havia. 

As coisas são relativamente simples e achei de todos os três contos o mais fraquinho, se bem que adorei a forma como o John Green a escreveu, mas tal como aconteceu com a primeira história, as coisas teriam sido muito melhor se a própria história tivesse sido desenvolvida da melhor forma, porque sejamos sinceros os grandes protagonista são o trio de amigos com grande destaque para a Drake e para o narrador, portanto ao fim ao cabo entendemos logo ali a química entre os dois, mas não há o suficiente, quando entendemos a Drake está com ciúmes e quando entendemos ele está a olhar para ela de outra forma! As coisas aconteceram um bocado depressa para mim, especialmente neste conto, mas gostei da aventura e especialmente porque acima de tudo o conto não era unicamente apenas sobre eles os dois, era também sobre o grupo de amigos e sobre enfrentar uma das maiores tempestades de sempre e ainda estarem juntos e unidos, foi sobretudo um amor entre amigos.

 Por último, a última história confesso foi a minha preferida e acho que a autora conseguiu muito bem fechar o ciclo que se abriu com a primeira história. Addie é uma adolescente que sofre na véspera de natal porque naquele mesmo dia ela e o seu namorado faziam um ano de namoro, mas devido à sua estupidez e ciúmes, os dois tinham terminado e tinham acabado separados num dia tão importante como aquele. 

Addie está demasiado triste para conseguir sequer passar a véspera de natal com os próprios pais, mas mesmo assim consegue estar lá para as suas duas melhores amigas que tentam puxá-la para cima e acima de tudo, dar-lhe a entender que nem tudo era sobre ela, porque ela poderia estar a sofrer, mas ela não era a única com problemas e ela não poderia simplesmente menosprezá-los. Ela própria trabalha no Starbucks e é onde tudo acontece, entre salvações de mini-porcos, salvação das suas amizades e ainda do seu relacionamento tudo acontece naquele mesmo estabelecimento. Jeb por outro lado estado demasiado triste e perdido porque não sabe o que irá fazer da sua vida porque o seu comboio tinha parado e não conseguia contactar com a namorada para afirmar que estava a caminho, porque durante a paragem o telemóvel tinha-se partido e ficado em pior estado graças às raparigas histéricas da claque (também já entenderam aqui o ponto de ligação?).

A autora conseguiu fazer um grande trabalho com este final de interligar todas as personagens. Addie tinha sido a personagem que tinha visto a ex-namorada de Steve a traí-lo naquele mesmo Starbucks e que a tinha mandando embora depois de tudo o que tinha feito ao rapaz. Addie foi a primeria pessoa a ver o narrador da segunda história com Drake enquanto casal, quando os dois cheios de sono foram ao café para passarem algum tempo juntos depois do dia de natal e a autora ainda conseguiu voltar a mencionar a primeira história com Steve e Jubilee a irem ao Starbucks para beberem café e para passarem lá algum tempo.

Jeb esteve sempre presente em todas as histórias também, na primeira ao falar com Jubilee sobre os seus planos e depois na segunda enquanto estava também na loja a deprimir porque estava na véspera de natal e não tinha conseguido chegar ao destino para restar com Addie.

Acho que de todos, o terceiro foi aquilo que eu mais gostei especialmente pela ligação feita e porque com a história que ambos os personagens já tinham, torna as coisas mais fáceis de se tornar uma história pequena e nada complicada e também nada apressada, porque de facto as outras foram bastante interessantes, mas acabaram sempre por ser um bocadinho apressadas especialmente porque a história que poderia haver do passado (como na segunda historia) não foi explorada, menos no primeiro que Jubilee e Steve nunca se tinham visto até àquele exato momento.

Um livro descomplicado e acho que é realmente a altura perfeita para ler, dezembro e janeiro quando estamos todos ainda sobre o efeito do espírito natalício.

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