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«I am the author of my life. Unfortunately, I am writing in pen and can not erase my mistakes.» - Bill Kaulitz

Book Store #386

29.04.19 | twilight_pr

Eu Dou-te o Sol

Eu Dou-te o Sol.jpg

Autoria de Jandy Nelson.

Este livro deixou-me abalada e fez-me refletir em tanta coisa e ao ponto de por vezes dar por mim a pensar na minha própria vida.

Um dos pontos quero já começar por dizer é que o livro relata a história de dois irmãos gémeos: a Jules e o Noah. Ambos complementam-se de certa forma, pensavam juntos e apenas se viam completos quando estavam ao lado um do outro. Não conseguiam jogar ao pedra, papel ou tesoura porque respondiam sempre o mesmo. Era sempre o mesmo, basicamente estavam conectados de uma forma completamente diferente e que apenas eles podiam realmente entender o que queria dizer aquela ligação.

A história em si começa quando os dois têm 13 anos. Noah e Jules são bons artistas, Noah faz tudo a pensar em arte e tudo o que acaba por fazer é sobre isso, quando não está a desenhar acaba por estar a desenhar mentalmente, tudo o que fazia era com base nessa sua vida. Jules gostava de arte, mas não nesse patamar quase de obsessão que acabava por ter o seu irmão gémeo. Adorava arte e gostava bastante dela, contudo, tinha outros interesses de rapariga que estava já na adolescência e queria ter outras coisas em mente.

O livro divide-se entre o ponto de vista de Noah e de Jules. Quando é a parte de Noah podemos ver a a vida dele através da arte inteira e de como era a sua mente de 13 anos. Quando estamos a ver a história dos olhos de Jules, vemos uma rapariga de 16 anos completamente destroçada com a sua própria vida.

A Jules e o Noah de 16 anos não se falam, a mãe de ambos morreu e ele não entrou na escola de arte que queria ter entrado, em vez disso estava lá Jules que não queria muito estar lá. Jules estava dentro da escola que devia ter sido Noah a entrar e ela estava quase a perder o seu lugar através das suas contínuas figuras de barro partidas. Num ato de desespero acabou por começar a trabalhar com pedra e pediu ao melhor escultor para lhe poder ajudar naquele trabalho, porque de certa forma parecia que era a única forma de a ajudar.

Porque Jules pensava isso? Jules acreditava em espíritos especialmente desde que tinha começado a ver a sua avó e a falar com ela. Jules acreditava que quem andava a estragar as suas figuras era a sua mãe, que não se conformava com o que tinha acontecido e que tivesse sido apenas ela a entrar na escola, porque ao fim ao cabo a mãe sabia o que tinha acontecido para que Noah tivesse de ficar na escola pública.

Noah de 13 anos é um rapaz reprimido que não consegue fazer mais nada além de desenhar e estar com o seu único e melhor amigo que por acaso é o rapaz por quem ele está apaixonado. Noah não quer dizer a ninguém porque sabia que podia não ser correspondido e ele já era reservado o suficiente e gozado para acabar por ter de ficar mais sozinho ainda. Assim dessa forma nunca tinha contado a ninguém e tinha acabado por apreciar a sua amizade com ele. Jules de 13 anos saía com todas as suas amigas e estava sempre a arranjar-se para poder estar com rapazes.

Jules de 16 anos era a rapariga mais isolada que se podia ver, não tinha grandes amigos exceto o grande escultor como seu grande tutor e quem estava na guarda dele que tinha ficado por lá. O Noah de 16 anos está numa equipa desportiva e já não desenha desde que teve de ir para a escola pública. Os gémeos de 16 anos não se falam de todo. Os gémeos de 13 anos discutiam, mas sempre falavam um com o outro. 

A história acaba por dar demasiadas voltas ao longo da história. 

Vemos um grande sentimento de vergonha porque ambos os irmãos acabaram por fazer coisas que não se orgulham mesmo do que tinha acontecido. Vemos um grande amor, que mesmo quando os dois irmãos não falam um com outro. A preocupação da Jules é notória e isso deixou-me mesmo aparvalhada porque mesmo eu e a Pipa falarmos sempre, a forma como a Jules se sente preocupada com o irmão deixou-me mesmo perturbada porque me identifiquei mesmo muito com essa parte. 

É um livro com um arranque lento, mas quando se entra realmente na história não se consegue mesmo parar de se ler. Mesmo muito bom.

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