Dia dos namorados - "No Upendi, doce fruta tropical!"
No dia dos namorados, a mãe saiu de casa e em menos de cinco segundos voltou a tocar. A mana mais velha abriu a porta, enquanto se preparava para ir trabalhar. Estava na sala a ler um livro e a tentar ver quando é que o próximo programa iria começar (por vezes gosto de ler com a televisão ligada como música de fundo).
De repente, oiço a mana mais velha a gritar 'pai!'. Larguei tudo, deixei cair as mantas que me tapavam e quase que escorregava por não conseguir manter as pantufas nos pés. Não querendo saber, fui para a entrada e ao chegar lá, ali estava ele abraçado à mana mais velha com um grande sorriso por ter conseguido vê-la antes de ela sair para trabalhar. Depois, olhei para a minha mãe: ela tinha aquele brilho no olhar e olhava para o meu pai. Perguntei-lhe na brincadeira se já tinha voltado da casa dos meus avós, porque aquilo sim era uma visita de médico. Ela deslocou os seus olhos castanhos brilhantes do meu pai e olhou para mim e disse:
"O meu namorado chegou a casa."
Sorri para a minha mãe e foi a minha vez de abraçar o meu pai. Ele sorriu para mim com o melhor sorriso que um pai pode fazer a uma filha ao chegar a casa e ver as demonstrações de afeto das suas três filhas e ainda ouvir as palavras da sua namorada de há 34 anos.
É por eles que continuo a gostar do dia dos namorados. É mimoso e demonstram claramente que os contos de fadas existam, assim como os finais felizes.